*Estou extremamente frustrado. Ninguém sequer tenta entender meus motivos.

É a minha vida, são as minhas escolhas.*

Então ele pegou um casaco e saiu. Já eram quase três horas da tarde, era um dia frio e nublado.

- Por que veio para cá? Disse, tentando não sorrir.

- Por algum motivo senti que te encontraria aqui. Por algum outro motivo, sinto que não está bem. Vamos, me conte.

- Para ser sincero, não sei...É tão injusto, não fiz nada de errado e ainda assim todos parecem me cobrar algo, estou enlouquecendo, queimando por dentro. Quero sumir daqui.

- Não seja bobo! Algum dia todos te cobrarão alguma coisa, mas depende só de você ficar infeliz por isso ou fazer o que acha certo. A vida é sua. Faça o que acha que for certo, mas preste atenção no que te dizem, pode ser importante.  Disse ela, sentando ao lado dele.

- Mas o que você entende disso? Tua vida é tão perfeitinha. Não sei por qual motivo perde teu tempo vindo até aqui. Devia ir embora. 

Ela ouvindo isso, apenas sorriu, é a única coisa que sabe fazer quando está nervosa. Permaneceu ali sentada, sem dizer nada. Só sorriu.

- Não vou embora. Afinal, eu sei que depois de tudo, você é quem ficará bem.

- Desculpa, não sei porque agi assim. Prometo que vai ficar tudo bem, pode confiar, ok?

-Não. Não me peça pra acreditar. Não prometa.  Eu só vim aqui porque sabia que algo aconteceria, mas nunca te cobrei nada, nunca vou cobrar.

Ele sorriu só pra tentar quebrar o gelo, mas por dentro, aquelas palavras o machucaram com uma dor estranha, como se sua vida dependesse disso. Abraçando ela, sentiu que estava apertando forte demais, era para que ela não fugisse. Havia esquecido todos os problemas, mas outro havia surgido.

- Por que é tão difícil acreditar em mim? Um ano e meio já se passou.

Ela sorriu e parou pra pensar.

- Eu acredito. Mas você não sabe o quanto é doloroso acreditar. Se você quiser que algo se realize não prometa, só faça. Esperar para que algo aconteça é difícil, promessas cortam o coração das pessoas.

Ele não sabia se deveria se sentir mais tranquilo ou preocupado, afinal seu único desejo era cuidar da vida deles. Decidiu ignorar as dúvidas.

- Eu prom...Desculpa, am..Eu não vou te decepcionar, a vida é muito mais fácil com você, se não fosse isso, não seria vida.

Não precisa fazer sentido.

Ninguém ao menos vai entender.

Pode desistir.

Também pode continuar.

E o que vai ser?

Machuca tanto assim para fazer com que a coragem suma? Não.

Nem machuca.

Não quero mostrar pra ninguém, nem comentar. Quero deixar guardadinho contigo, pra sempre.

É mais seguro, não é? Não me faria acreditar se não fosse verdade, então eu acredito.

Antes que mais alguém visse, decidi entregar logo, por inteiro.

O que era meu, agora é seu. Não devolva, mas cuide.

Eu estou atrás da porta, o corpo revirado, amassado, pequeno, todo dobrado.

Já abri mil vezes o Blogger para tentar escrever algo, mas não sai nada...Tenho vontade de falar tanta coisa, expressar tantas ideias, mas simplesmente elas não estão fazendo sentido. Acho que é só fase, porque tudo tem me deixado sem paciência, ou sem vontade. Sensação já conhecida, me desligo só pra tentar para de pensar, as vezes de sentir, e não da. É impossível. Todos os sentimentos bons, em algum momento, vem acompanhado dos ruins. E o pior mesmo é ter tanto no que pensar, escolhas para fazer, decidir meu futuro, porque o  tempo está passando e as responsabilidades estão surgindo. Dessa vez não é minha mãe e nem o meu pai que decidirão por mim, então fico assim, estática, perdida. Sei que não estou sozinha...Mas será que alguém poderia só me falar que vai me apoiar? Talvez um conselho, ou...não sei...Estou ficando com medo, mas não é aquele medo de criança, é algo mais profundo. É medo de vacilar nas minhas escolhas e não poder voltar atrás.
Tem tanta coisa me surpreendendo. Algumas pessoas surgem e sei lá, passam a se tornar importantes, de certa forma. Tenho tido mais ideias pra discussões e me deparo irritada com certos assuntos, que costumavam ser divertidos em certo momento.
Sei lá, talvez eu esteja mudando, espero que amadurecendo. Não estou triste, porém desanimada, queria passar horas e horas conversando com alguém, sobre qualquer assunto, falar sobre o futuro, sobre tudo. Só falar e ouvir, mais ouvir do que falar.
Quando a gente é jovem parece que qualquer coisa é o fim do mundo. Mas não é.

 Um desastre.

Um canto desajeitado

Um tanto desleixado,

Não tenho tempo pra arrumar

O tanto que está fora do lugar.

Se assemelha a minha mente.

Entrei feliz, como sempre,

E dessa fez deparei com a desordem

Não sei por onde começar...

Só avistei caído num canto qualquer

a última lembrança de um sorriso.

Mas já me perdi. De novo me perdi.

out of mind.

Há uma forma bem eficaz de se desligar do mundo e não pensar em absolutamente nada...

Do nada uma tristeza vem chegando, a principio é por algo que não gosta. Aquilo passa a pesar mais do que deveria, então o que fazer? Chora. Não por querer, mas por necessidade...Logo já não sabe se está triste pelos motivos que achava estar. 

Nos teus pensamentos não estão apenas "meros problemas", há um desejo de voltar no tempo em que tudo era ao menos próximo do "normal", você olha pra trás com arrependimentos e então depois de tanto descarregar e pensar...você só desliga...É como se dormisse, mas de olhos abertos. Não fica triste, simplesmente não sente nada, porque já está esgotado, cansado, acabado. Mas isso passa. O pior é estar feliz e logo começa a se questionar por qual motivo tanta coisa mudou? Começa a pensar no que fez de errado pra hoje sentir como se fosse um peso morto.
Agora o meu humor é controlado, mas ainda assim posso sentir que está errado. É uma felicidade incompleta...não é nem felicidade.

Is it enough to smile?

Vai cansando tentar garantir certas coisas, não fazer como todo mundo que

simplesmente da as costas. Se torna evidente que nem todo mundo tem a mesma 

convicção que você tem de ir atrás, e é por isso que cansa...as peças vão se encaixando

até que você entende que é impossível garantir que tudo se saia bem.

Se isso se transformar em "raiva", então minhas ironias falarão por mim e o resto..well. whatever (:

Escuras são as ruas, barulhos sombrios saem das paredes.

A sujeira se torna viva as luzes chamam

Demônios e bobos e a dama de preto

Ela vê as presas e ela está ciente

Os tempos são difíceis, mas ela não liga.

Ela é uma vampira

Deseja mais escuro do que preto

Ela é uma vampira

Almeja lato, sem voltar atrás.

Suas asas são cortinas da noite

Ela não sabe o certo do errado

Mortos são os lugares onde essa deusa foi

Fria é a pele que essa criatura viu

Seu universo é um oceano de sangue

Sua mesa de jantar o passado sujo


Xandria.

Um segundo para sonhar. Trazer para perto cada peça que faltava.

Hoje não me acorde. Aqui, nesse pedacinho de realidade eu me apego e transformo em vida.

Se eu acordar vou me perder. Esse pouco de luz, pouco de céu me mantém acreditando que sonhos

se tornam realidade.

if you stay or walk away, there's one thing that's true, I still love you.

E eu que achava que nada mudaria...Esse ano tem me surpreendido.

Nem tudo está acontecendo da forma que eu esperava,

em poucos meses aconteceram grandes mudanças, tanto que talvez eu até sinta mesmo falta desse lugar.

Vejo algumas coisas mudarem sem saber se deveria mudar,

ou se é ao menos "normal". Aquela coisa negativa fica na minha mente quase que o tempo inteiro,

mas diferentemente de algum tempo atrás, hoje me importo menos e ignoro mais. Embora isso seja algo

no qual eu quero acreditar para poder concretizar, não consigo ser totalmente indiferente, porque 

quero que seja verdade tudo aquilo em que acreditei. Ninguém quer se arriscar pra descobrir que no fim nada valeu, e a unica coisa que se consegue é mais um "se fodeu". Não é bem essa a expressão que quero

usar quando finalmente tiver certeza de que algo bom permanecerá bom, até porque até agora só consegui desmerecer mil coisas que precisava saber, dizer, reviver.

temporário, inconstante, tenso, estressante.

passional, eufórico, intenso, verdadeiro.

Cai em extremos. Confunde e magoa, logo ressuscita e surpreende. 

Continuo por aqui, me acomodando. 

"Aguenta, aguenta..." Já passou, mas minha mente ainda não percebeu isso, então na prática ainda não passou.

 Nem é medo, é apenas algo indefinido.