sexta-feira, 1 de julho de 2011

goodbye.


Aos 11 descobri o que é sentimento de perda, dor incalculável.

Início dos medos e receios.
12 anos, mudanças! Novo lugar, novos "amigos", tudo novo: caos completo.
Mudança no modo de pensar e agir.
15 anos, como já era de se esperar, é fácil alguém te decepcionar e deixar infeliz. Mais duas perdas, sentimento devastador.
Minha identidade quase perdida. O que fazia não representava meu "eu" verdadeiro.
"Estava apenas sendo adolescente?" Não, não é assim que encaro os erros.
Aos 16 anos não aguentei mais. Sim, sou nova. Por todos os lados me dizem que tenho um futuro inteiro pela frente. Alguém por acaso está dentro do meu corpo pra entender o que acontece? NÃO.
Virei-me contra todos os que aparentemente queriam me ajudar. Eu recusei a ajuda de qualquer um que fosse.
Tinha total consciência de que estava colocando tudo a perder e jogando meu futuro fora, mas não me importava. Minha vida não importava.
Tive coragem nas horas erradas, mas tive. Espalhei cicatrizes pelo meu corpo, mas nada que se compare ao que eu sentia interiormente. Não tinha mais forças para levantar, comer, sorrir, nem chorar. Não acreditava em mais ninguém, pois sei o quanto a falsidade domina as pessoas, ou quão mentirosas as mesmas podem ser. Nem em mim mesma confiava.
Foi o fim.
Optei pela única coisa que ainda poderia fazer. A última cartada: Minha morte.
Não sei ao certo quando foi, mas lembro bem o que senti. Meu cansaço me levou ao extremo, matei tudo o que em mim me movia pra baixo.
Decidi que no outro dia seria outra pessoa, uma que se força a sorrir mesmo sentindo dor. Forcei-me todos os dias a levantar e procurar ajuda.
Matei o meu passado.
Vivo agora de realidade, deixei minhas fantasias para trás. Ainda restam em mim vestígios de um passado bem recente, que estão custando a sair, mas alguém especial me fez ter mais força de vontade.
Toda a ajuda que recusava, hoje agradeço.
Mas sinceramente, não importa quantas pessoas estejam ao teu lado querendo te ajudar, ainda assim você é a única pessoa responsável pela sua felicidade. Ninguém será feliz por você, ninguém sorrirá por você.
Apenas terá alguém por perto ajudando a se levantar.

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